sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Tire suas dúvidas sobre as "Escovas Progressivas"

Percebi que ainda muitas pessoas tem dúvidas sobre as escovas progressivas, e mesmo já tendo postado algumas matérias sobre este assunto, resolvi postar mais esta matéria que foi publicada na revista VIVABELEZA que acho bem esclarecedora, mas se ainda estiverem com dúvidas é só postar as perguntas aqui ok!!!

ESCOVAS PROGRESSIVAS
Remodelagem da forma com vantagem extra: brilho e maciez
Texto: Gillian Borges, Carmen Cagnoni e Tatiana Duarte.

O FDA, órgão americano que regulamenta alimentos e medicamentos, classificou o formaldeído (ou formol) como substância cancerígena. No Brasil, onde ter cabelo liso é praticamente uma obsessão para boa parte das mulheres, o perigo do uso de produtos com a tal substância é alardeado há tempos. No entanto, ela continua a ser utilizada em muitos estabelecimentos de beleza. Alguns fatores explicam esse sucesso contínuo nos salões, apesar dos riscos envolvidos:

- A aplicação é rápida e simples. Em dois ou três passos o cabelo fica liso.

- O fio ganha um brilho saudável. Esse brilho, no entanto, é causado pelo encapamento do fio, que impede sua nutrição e hidratação de fora para dentro. Ou seja, o cabelo fica bonito, mas bem frágil e desidratado internamente.

-O custo do formol é baixo, o que representa bons ganhos para o salão.



Embora há muito tempo substâncias eficientes e seguras para proporcionar alisamento estejam disponíveis no mercado (como tioglicolato de amônia, guanidina, hidróxido de sódio e de cálcio, entre outros), a indústria sentiu que era necessário simular os efeitos do formol que são considerados positivos pelas clientes, como brilho, maleabilidade, rapidez de procedimento, baixo custo. Por isso, correu atrás de opções legais e capazes de alinhar os fios sem causar efeitos colaterais - ao contrario do formol, substância comprovadamente agressiva para a saúde de cabeleireiros, bem como de clientes.
 Foi desse processo de busca que surgiram ativos como a cisteína, a carbocisteína, a oxoacetamida e o ácido glioxílico. Muitas dúvidas, no entanto, circundam esses ativos. Isso porque houve pouco tempo para pesquisas e nem todas as ações já estão regulamentadas pela Anvisa, a agência brasileira que regula cosméticos. Deixando de lado a boa dose de marketing que envolve os novos produtos, é importante que tanto cabeleireiros quanto clientes entendam que eles reduzem, sim, o volume, retiram  o frizz, são até capazes de dar um aspecto mais liso aos fios, mas não tem poder de alisamento.



O X DA QUESTÃO
 A forma que o cabelo apresenta -liso, encaracolado,crespo ou crespíssimo - tem a ver com sua estrutura química. Para alterá-la, é necessário intervir em sua composição. Ativos como tioglicolato de amônio, guanidina e hidróxidos conseguem penetrar no interior da fibra,onde estão as pontes de enxofre e outras estruturas químicas responsáveis pela forma da haste capilar, e modificá-las. O mesmo não acontece com cisteína,carbocisteína, oxoacetamida ou ácido glioxílico. Tais substâncias (com pouco tempo de uso em cosméticos do segmento da beleza profissional) agem principalmente na cutícula, a parte externa da fibra capilar. Assim, temporariamente, são capazes de oferecer um efeito liso, à medida que o cabelo é lavado, elas se soltam da superfície e o fio retorna ao jeito original.
 Nos salões, esse efeito temporário está agradando em cheio às clientes. Primeiramente porque a brasileira adora cabelo liso, sim. Mas também adora movimento. Aquele liso endurecido, sem balanço, é considerado coisa do passado e totalmente indesejável. Outro ponto positivo é a possibilidade de fazer uma escova ligeiramente encaracolada nas pontas. As mulheres gostam de um visual à la Gisele Bundchen de vez em quando (efeito impossível de ser obtido num cabelo alisado com formol).
 Além disso, a grande vantagem das chamadas novas escovas é deixar o cabelo macio, com brilho, flexível e forte. Em outras palavras: ele ganha  realinhamento e saúde. Isso é possível porque cisteína, carbocisteína, oxoacetamida e ácido glioxílico,além de já terem um bom poder de tratamento,precisam ser aliados a fortes ativos hidratantes e emolientes. Só assim o cosmético ganha uma ação relevante de redução de volume e simulação de alisamento. Ou seja, a indústria percebeu que quando a cutícula passa por um intenso tratamento hidratante e emoliente, o cabelo fica mais bem-comportado e fácil de pentear. E é isso que atrai clientes para o salão.


DO QUE SE TEM CERTEZA QUANDO O ASSUNTO É NOVAS ESCOVAS:

1 - O formol só é permitido em fórmulas cosméticas como conservante e em concentração baixa: 0,2% "isso equivale a duas gotas num frasco de 100 g", explica Érica França, especialista em cosméticos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

2 - Entre as novas substâncias que a indústria vem pesquisando para substituir o formol como alisante está uma que faz parte da composição da fibra capilar, a cisteína. Esse aminoácido, quando incluído na formulação de um cosmético, consegue preencher áreas desgastadas na superfície do fio e melhorar sua aparência, proporcionando força e luminosidade.

3 - Em PH ácido a cisteína enfraquece as ligações das pontes dissulfeto e com o calor da chapinha há uma mudança provisória nessas pontes, o que resulta em fios temporariamente lisos. "O aminoácido, em concentrações elevadas, promove a transformação do fio. Porém, exige neutralização com peróxido", esclarece Sabrina Rosa, diretora industrial da  De Sírius.

4 - A Anvisa não considera a cisteína como tendo função alisante, apenas para efeito de condicionamento e de tratamento, segundo Érica França.

5 - Boa parte das empresas alia à carbocisteína outras substâncias vegetais, que aumentam hidratação emoliência dos fios, ou à queratina. O objetivo é reduzir volume e frizz, deixando-os comportados. "A carbocisteína tem como principal benefício hidratar e condicionar o cabelo, mas não tem função alisante", diz Fabricio Sousa, gerente de pesquisa e desenvolvimento da Polytechno Indústria Química.

6 - Outros ativos empregados em escovas de redução de volume são oxoacetamida de carbocisteína e oxoacetamida de queratina. Eles estão presentes numa matéria-prima da Polytecnho Indústrias Químicas, chamada Pro.Liss 100. "A sinergia entre as duas substâncias é que permite modelar os fios", diz Fabricio Souza. "O Pro.Liss 100 enfraquece as ligações hidrogeniônicas e salinas do cabelo, assim como, teoricamente, permite a interconvenção das ligações cisteínicas da superfície da fibra capilar. Após a aplicação do produto, o uso de chapinha com temperatura de no mínimo 200 C. e no máximo 230 C. permite a modelagem do cabelo de forma lisa e homogênea, diminuindo e controlando o frizz", complementa.

7 - A forma de ação do ácido glioxílico não está totalmente esclarecida para a comunidade científica.A explicação é de Sônia Barreto: Os cosméticos com ácido glioxílico têm pH baixo.Por isso, acredita-se que sua ação se dá na cutícula, pois para penetrar até o córtex é necessário abrir as escamas do fio, o que ocorre em pH mais elevado. Por outro lado, sendo uma molécula pequena, talvez possa penetrar até o córtex. Existe ainda o fato de as marcas usarem um xampu antirresíduo (que tem pH elevado) antes do tratamento, favorecendo assim a ação do ativo no córtex, onde ele poderia atuar nas pontes de enxofre para efeito de alisamento do cabelo".

8 - A modificação de cor é uma das questões que geram mais reclamações por parte de quem aplica e de quem usa as novas progressivas. "Essas alterações ocorrem em pigmentos artificiais, desencadeadas pela combinação do pH baixo com altas temperaturas. Quando o cabelo tem predominância de pigmentos naturais, há menor risco de alteração do tom, já que eles estão protegidos no interior do córtex. Por outro lado, se o cabelo estiver poroso, com a cutícula mais danificada, pode ocorrer degradação dos pigmentos naturais e, consequentemente, alterações da cor", explica Sônia Barreto.

-Só para fechar esta postagem gostaria de sitar duas das progressivas que trabalho, a primeira é o K-LISS da DE SÍRIUS, K-LISS é a primeira no Brasil a usar oxoacetamidas de carbocisteína, um composto que alisa os cabelos sem deixar cheiro desagradável e que não traz riscos para a saúde.
O produto é feito a partir da mistura de carbocisteína, conhecida por estimular a produção de de colágeno, com oxoácidos e aminoácidos, resultando em um composto chamado oxoacetamidas ácidas. Este age apenas na superfície dos fios, eliminando as ondas e o frizz dos cabelos. "O diferencial de K-LISS é exatamente permitir que os cabelos continuem recebendo nutrientes dos processos de hidratação e lavagem, mantendo assim o brilho e a vitalidade".

Confira o passo a passo:






E também o TREND LISS da TRUSS: selamento térmico,amino nutritivo, redução de volume, reconstrução e hidratação da fibra.
O S.T. Trend Liss TRUSS realiza a interconversão nas pontes dissulfeto que unem os aminoácidos cisteína, devido à composição balanceada dos componentes, promovendo redução de volume, proteção dos fios, recuperação do desgaste natural da fibra e o realinhamento dos fios em uma única etapa. Sua fórmula contém agentes hidratantes: proporcionam maior maleabilidade, maciez, hidratação e brilho.
Trend Liss: associação de aminoácidos biocompatíveis e proteínas ácidas que permitem a mudança temporária da estrutura capilar, deixando os fios fáceis de modelar, diminui e controla o volume, reduz o frizz e proporciona nutrição, hidratação, penteabilidade, brilho e movimento natural aos cabelos.

Bom, é isto...Dúvidas??Posta aí que responderemos ok!


5 comentários:

  1. A trend liss tem em sua composição ácido glioxilico? Obrigada.

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    1. Olá, a composição do Trend Liss é:
      Água,Glyoxyloyl Carbocysteine, Glyoxyloyl Keratin Amino Acids, PEG-40, PPG-8 Methylaminopropyl, Hydropropyl Dimethicone Copolymer, Cetearyl Alcohol, Behentrimonium Methossulfate, Parfum, Oleth-3, Hydrolyzed Wheat Protein, Methicone, Polyquatemium-10, Carbocysteine, Amyl Cinnamal, Methychloroisothiazolinone and Methysothiazolinone.

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  2. ola, a escova trend liss por ser a base de ácidos tem o mesmo problema da plastica dos fios da cadiveu ? que causa o afinamento dos fios e a queda excessiva ?

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    1. Olá Dayse, eu nunca trabalhei com a cadiveu, mas sei que é o mesmo principio ativo do Trend Liss, agora afinamento dos fios e queda nunca aconteceu com minhas clientes, pode ser que tenha algo mais na composição.

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  3. Gostaria de poder ler o passo a passo da aplicação do Trens Liss, pois não consigo enxergar. É possível, enviar-me o passo a passo?
    Atenciosamente,

    Sandra

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